(Mateus 6:19-21)
Jesus nos ensina sobre onde devemos investir nossa vida: “Não acumulem para vocês tesouros na terra… mas tesouros no céu” (Mateus 6:19-21). Todo tesouro tem um preço, e, neste mundo, gastamos vida para conseguir riquezas, fama e reconhecimento, mas no céu, investimos vida para ajuntar tesouros eternos. Quando focamos apenas na terra, estamos, na verdade, espalhando, e não ajuntando. Cristo advertiu: “Quem não ajunta comigo, espalha” (Mateus 12.30). E o que realmente estamos ajuntando? As coisas da terra, como fama e riqueza, que tanto valorizamos, são efêmeras e não duram para a eternidade.
Por que somos tão apegados a elas? Vivemos em uma sociedade que valoriza o ter bem mais que o ser, e onde o número de curtidas e visualizações define nossa autoestima e identidade. Mas será que tudo isso realmente vale o preço da nossa vida preciosa? Podemos ver essa verdade na história de Ícaro, que tentou voar alto esquecendo-se de que suas asas eram de cera. Desobedecendo às instruções de seu pai, aproximou-se demais do sol e caiu para morrer no mar. Deus quer que voemos, mas com as asas da graça e da obediência, confiando que Ele sabe o que é melhor. Quando nos apegamos ao que é terreno, deixamos de alcançar o propósito celestial para o qual fomos criados.
A física diz que a gravidade nos prende sobre a terra, mas, olhando para o espiritual, compreendemos que o que realmente nos prende é um coração, entregue às coisas passageiras. Jesus nos promete que um dia Ele romperá com essa gravidade, e subiremos de forma, rápida, silenciosa e violenta ao encontro d’Ele. O nosso apego aqui, porém, nos impede de viver para o céu enquanto estamos na terra. Quando Cristo voltar, aqueles que ajuntaram tesouros nos céus, que valorizaram o Reino de Deus, receberão elogios no tribunal (Mateus 25.23).
Jesus nos chama a investir onde a traça e a ferrugem não destroem, um tesouro que não pode ser levado, mas que nos será entregue como recompensa no céu. Sobre tal recompensa, Paulo menciona a coroa de justiça (2 Timóteo 4.8) e Tiago nos fala de uma coroa de Vida (Tiago 1.12). Cristo, o justo juiz, prometeu uma recompensa eterna, mas a Bíblia mostra que há também disciplina, pois Deus corrige aqueles que são Seus filhos (Hebreus 12.6-8).
Conclusão – chamado de Jesus é para repensarmos onde estamos investindo nosso tempo, energia e amor. Que possamos soltar os apegos terrenos, abdicar do que nos prende e ajuntar tesouros celestiais, investindo nossa vida naquilo que realmente importa. Tudo que julgamos valioso aqui, no céu não terá valor algum. Que não sejamos como o rico insensato que de forma arrogante pensou ser dono de todas as soluções, mas foi alertado que sua vida poderia ter fim a qualquer momento. Portanto, nada adiantaria ganhar o mundo inteiro e por fim perder sua alma (Lucas 12.16-20).
Compartilhamento – Orar pelo reconhecimento de que a vida é um presente renovável, mas foi dada para ser usada para glória de Deus.