Atos 12.13-17
Tudo poderia estar parado em uma noite na cidade de Jerusalém, mas o coração da igreja pulsava forte. Pedro, um de seus líderes, estava preso e aguardando julgamento. Os cristãos sabiam o que isso significava: Tiago já havia sido executado, e o mesmo destino parecia aguardar Pedro. Em vez de ceder ao medo, a igreja se reuniu em oração. A prisão de Pedro não era apenas um ataque contra ele, mas contra a própria igreja. No entanto, os irmãos estavam unidos pelo amor a Deus e pela confiança em Seu poder.
Dentro da prisão, Pedro estava acorrentado entre dois guardas. Era humanamente impossível escapar. Todavia, a oração acionou a providência dos céus. De repente, uma luz brilhou na cela e um anjo do Senhor apareceu ao lado de Pedro. O anjo tocou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram de seus pulsos sem qualquer esforço. Pedro, ainda meio atordoado, seguia o anjo pelos corredores da prisão. Os guardas continuavam a dormir, e as cadeias se abriam diante deles sem resistência. Só quando estava fora, nas ruas de Jerusalém, Pedro descobriu que não estava sonhando – Deus havia realmente libertado Pedro! (Atos 12:1-12)
Enquanto isso, a igreja continuava orando. Eles sabiam que somente Deus poderia salvar Pedro. Aqui, percebemos a essência de cristãos que compreendem a importância do temor a Deus e do respeito uns pelos outros. Eles não apenas oravam por si, mas intercediam intensamente pelo bem de um irmão. Esse tipo de unidade reflete o quanto estamos em Cristo. Juntos, em amor, estamos mais perto de Cristo, mas se a dor do irmão não dói em nós, então estamos longe Dele.
Quando Pedro chegou à casa onde a igreja estava reunida, bateu à porta. Uma jovem chamada Rode veio atender. Ao ouvir a voz de Pedro, ela ficou tão emocionada que correu para dentro a fim de contar aos outros. Ao verem Pedro, ficaram maravilhados com o que Deus havia feito. Aquilo não foi apenas uma resposta à oração, mas uma demonstração do poder de Deus e da fé de uma igreja unida, sempre para o bem, em clamor ao Senhor.
A igreja desta época não era apenas um grupo de pessoas que compartilhavam; eles estavam se tornando uma família espiritual, aprendendo a desenvolver um amor genuíno e respeito uns pelos outros, como ensina (Romanos 12:10): Talvez este seja um dos grandes critérios para uma vida de bênçãos: compreender que fazemos parte de uma família espiritual, não apenas por aparência. Tem que ser algo que vivemos de verdade.
Esse amor e respeito mútuo só podem florescer quando as pessoas compreendem a importância de seu crescimento espiritual. Não fomos chamados para orar por milagres ou para buscar nossos interesses apenas, mas para seguir os ensinamentos de Cristo em cada aspecto da vida. Pedro foi liberto da prisão, mas a verdadeira libertação que Deus estava operando ali era no coração da igreja. Eles estavam sendo transformados em uma comunidade que temia a Deus e mostrava isto através do amor e do cuidado por um irmão em dificuldade.
Conclusão: Assim como Deus libertou Pedro, Ele deseja libertar sua igreja do egoísmo, do medo e da falta de fé. Trata-se de um profundo chamado ao desenvolvimento espiritual contínuo, em que o amor por Ele se reflete no amor aos irmãos. Este momento da vida de Pedro e sua igreja nos desafia a viver no mesmo parâmetro. (Mateus 22:37-40).