O fogo arderá continuamente sobre o altar, não se apagará

(Levítico 6:12-13)

Quando falamos sobre o fogo no altar, estamos falando sobre uma chama que precisa arder continuamente. Esse fogo representa nossa vida com Deus, uma chama que não se limita a momentos ou lugares específicos, mas que precisa estar viva todos os dias, em qualquer hora e onde estivermos. Muitas vezes, buscamos fogo apenas no culto, acreditando que o calor do Espírito Santo se manifesta somente ali, mas Deus nos ensina que o fogo verdadeiro deve ser constante em nossa vida.

Para isso, precisamos maturidade para separar o espiritual do emocional, não é sobre gritos, pulos ou manifestações. O fogo espiritual não é apenas uma emoção passageira, mas uma presença constante de Deus que transforma. Quando nos deixamos enganar por um “fogo estranho” — aquele que se acende apenas pelo emocional, pela empolgação momentânea — perdemos o verdadeiro propósito do altar. Deus está à procura de pessoas que queimam continuamente, que são íntimas dEle, pois entendem a importância de um fogo constante e purificador, não apenas em ambientes de culto, mas em toda sua rotina diária.

O altar também é um lugar de prova. Se o fogo do altar não muda os que nele ministram, dificilmente serão uteis por muito tempo. O fogo no coração é o que gera obediência, fidelidade, cura, compromisso, paixão pelo ministério e desejo de comunhão. É o calor do Espírito Santo que molda o nosso caráter e nos faz crescer.

Um altar sem fogo não tem sacrifício. Onde o fogo de Deus arde, não há lugar para vaidade, soberba, orgulho ou justificativas infindáveis geradas pela pouca vontade. O fogo verdadeiro queima essas “travas emocionais” e nos deixa humildes, prontos para servir e para ser transformados. Quando permitimos que esse fogo arda em nós, nosso coração se torna o altar onde Deus habita e trabalha.

Por que o fogo deve arder continuamente? Primeiro, o fogo no altar nos lembra da presença constante de Deus, como foi desde o início quando o próprio Deus acendeu o fogo (Levítico 9:24). Ele também nos lembra da necessidade de expiação — ou seja, do sacrifício e da purificação que Deus opera em nós.

E para que o fogo nunca se apague, há uma função importante: o sacerdote deve, todas as manhãs, acender a lenha e remover as cinzas de sacrifícios anteriores. Isso simboliza a necessidade de renovação diária. Assim também nós precisamos alimentar nosso fogo espiritual com oração, comunhão e a Palavra de Deus, limpando nosso coração das cinzas de tudo que já foi sacrificado, para que nada impeça o brilho de uma nova chama.

Que o fogo arda continuamente em nosso altar, que sejamos pessoas cheias da presença de Deus, ardendo pelo Espírito em qualquer lugar, prontos para servir, cuidar e evangelizar com o calor do amor de Cristo.

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Escrito por: 

Adeneir Sousa - Pastor da Igreja Ammigo em Senador Canedo. CEO do projeto Ammigo Kids - Ministério com crianças.