Escamas nos olhos (Atos 9.17-20)
Não basta apenas ter fé e ser constante nos cultos, precisamos, a cada dia, abrir nossa mente e visão para compreender cada etapa do propósito de Deus, e assim, receber as bênçãos e todo crescimento que Ele quer nos entregar.
O Apóstolo Paulo foi grande pregador aos gentios, plantador de igrejas e escritor de grande parte do Novo Testamento. A história inspiradora de Paulo no evangelho se inicia ainda quando seu nome era Saulo e habitava em Tarso. Antes de conhecer a Cristo, Paulo era praticante do judaísmo e ostentava importantes títulos e posições como, soldado romano, membro do Sinédrio e cidadão romano. Saulo tinha ainda outra característica: perseguidor dos cristãos, algo que ele via como zelo por sua religião (Filipenses 3.5-6).
Com liberação em mãos para perseguir os cristãos e lança-los na prisão Saulo teve um encontro com Jesus no caminho de Damasco. Foi detido por uma grande luz que o fez cair por terra (Atos 9.1-5) Após uma conversa com Jesus, Saulo foi conduzido totalmente cego. Cristo ordenou a Ananias que fosse ao seu encontro para orar por ele e neste momento caíram as escamas de seus olhos (Atos 9.17-18).
Após este acontecimento, a vida de Saulo se divide em 03 estações: perseguidor dos cristãos, imobilizado e cego e grande pregador aos gentios. O cair das escamas dos olhos foi a exata separação entre o novo e o velho. O velho Saulo estava morto e ali nascia o maior pregador da história, que inclusive ganhou um novo nome: passou a se chamar Paulo.
Todo cristão deve passar pela experiência onde o velho é deixado para trás dando vida ao novo de Deus. Neste processo as escamas dos olhos precisam cair. Porque muitas pessoas, mesmo estando na igreja, vivem mais conectadas com o velho do que com o novo? São entregues a fofocas, reclamações num trabalho incansável para apontar erros e denegrir a imagem da igreja. Elas têm oportunidade de viver o novo de Deus, mas não conseguem se desvencilhar do velho, assim sendo, a percepção que criam da igreja é a mesma das pessoas do mundo e como Saulo, perseguem a Cristo (Atos 9.6).
Os calos são resistências criadas pelo corpo para suportar repetidas tarefas. Podemos comparar afirmando que o cérebro também se torna calejado para sustentar repetidos pensamentos e ações. A pessoa se vê impossibilitada de viver o novo, uma vez que seu cérebro sempre lhe oferece respostas imediatas que impedem o aprendizado e o crescimento, desta forma, não crescem nem prosperam. Respostas negativas da mente quase sempre são baseadas em experiências que não deram certo. O efeito destas experiências são crenças imobilizadoras, que força a pessoa a pensar não ser merecedora, e que nunca irá crescer, prosperar ou se destacar em coisa alguma.
Conclusão: Cristo nos ensinou lições importantes sobre o novo e o velho. Mostrou que o vinho novo nem sempre é inferior, que não se coloca remendo novo em tecido velho e nem vinho novo em odres velhos.Nos mostrou que o novo não deve ser suportado pelo velho e que não dá para viver o novo de Deus trazendo velhos hábitos, velhos pensamentos, e velhos comportamentos (Mateus 9.16;17). Paulo também nos deixou uma instrução: “Transformais- vos pela renovação da vossa mente para que experimenteis a boa, perfeita e agradável vontade de Deus” (Romanos 12.2).
Perguntas para compartilhamento e reflexão sobre a lição
- Qual era a atividade de Paulo que ele via como zelo por sua religião?
- Porque muitos cristãos são mais conectados com o velho do que com o novo?
- Em que são baseadas as respostas negativas da mente?