Ana, mãe de Samuel, iniciou sua história em meio a muita angústia e conflitos familiares. Além do sentimento de impotência por não poder gerar filhos, tinha ela ainda que conviver com Penina, sua rival que a provocava constantemente por conta de sua esterilidade. Ana poderia se entregar a um sentimento crônico de amargura e até entrar em estado depressivo, mas preferiu recorrer ao Senhor.
A atitude de Ana nos mostra que os fortes agem de forma diferente em meio a tempestades. Para eles, há apenas uma possibilidade: vencer sem retroceder. Para outros, existe o remédio ou o veneno. O remédio é vencer os desafios, buscar a cura no mesmo local aonde foi ferido, enfrentar o conflito e sair mais forte dele. O veneno, o mais buscado em tempos de crise, é se isolar, colocar-se sempre em posição de vítima e buscar culpados.
A oração de Ana nos chama atenção por sua entrega e confiança em Deus, mas o que mais nos ensina são as condicionais apresentadas em seu poderoso clamor. A oração de Ana é repleta de “ses”. “Se atentamente ouvires a oração da tua serva, da tua serva te lembrares e de tua serva não te esqueceres…” (1 Samuel 1.11) Toda oração com este início é poderosa, pois além de ser um método usado por Deus para responder aos seus filhos, (2 Crônicas 7.14, Deuteronômio 28.1) os “Ses”demonstram que também estamos dispostos a fazer algo para mudar a situação.
Ana não só pedia um filho, mas também se comprometia a dedicá-lo ao Senhor. Essa foi a condicional de sua oração: oferecer o fruto de sua oração de volta a quem bondosamente o concedeu. As condicionais em nossas orações eliminam toda forma de egoísmo. Elas demonstram maturidade espiritual, pois vão além de pedidos ou súplicas; são propostas para Deus. Precisamos colocar mais condicionais em nossas orações. Quando assim fazemos, mostramos nossa disposição em agir e colaborar com o que estamos pedindo a Deus. Ana nos ensina que orar é mais do que falar; é oferecer a Deus o que Ele já nos deu.
Conclusão: Que possamos aprender com Ana a orar com entrega total e a colocar condições que mostram nossa disposição em colaborar com a resposta de Deus. Ao fazermos isso, deixamos de lado o egoísmo e abrimos espaço para a ação divina em nossas vidas. Nossas vitórias serão mais doces.