O sacrifício perfeito que não deve ser desprezado

Hebreus 10.26

A carta aos Hebreus tem seu autor desconhecido, mas com certeza foi escrito por alguém que conhecia o sacerdócio com seus rituais e cerimônias. Ele fala de um sacerdote perfeito e de um sacrifício perfeito. A lei, o sacerdócio e os sacrifícios existiram no tempo do Antigo Testamento, mas  tudo que aconteceu neste período aponta para Cristo em forma de sombras e símbolos.

            O sacrifício apareceu pela primeira vez quando Adão por seu pecado rompeu a comunhão com Deus e percebeu que estava nu. Imediatamente ele tentou se cobrir com folhas de parreira (Gênesis 3.7), mesmo assim sua nudez o constrangeu, fazendo com que revelasse ao Senhor que havia desobedecido suas ordens em relação à árvore de vida. Mesmo se cobrindo improvisadamente Adão confessou a Deus ter se escondido por estar nu. Deus então matou um animal e com sua pele cobriu a nudez do primeiro casal (Gênesis 3.21). Este foi o primeiro sacrifício. Precisamos lembrar, porém que não foi um sacrifício perfeito, pois o pecado foi apenas coberto e não, perdoado.

No decorrer do Antigo Testamento o sacrifício foi a única forma de aproximação do homem com Deus. A Bíblia diz que: “o salário do pecado é a morte”. Se o pecado reinou, a morte também deveria reinar. O escape do pecador era o sacrifício dos animais que morriam no seu lugar. O animal precisava ser jovem e sem nenhuma mancha (Levíticos 22.19-20). Era ele levado ao sacerdote que o sacrificava. Quando o animal estava sobre o altar a mão deveria ser colocada na cabeça do animal, simbolizando a transferência de culpa. O animal então era degolado, o sacerdote colhia o sangue e de posse dele entrava no lugar santíssimo para oferecer sacrifício para o pecador e por ele mesmo. Se o sacerdote, que também não era perfeito, ousasse entrar no lugar santíssimo sem sangue era imediatamente fulminado. Em resumo o animal morria de forma expiatória no lugar do pecador.

            Estes sacrifícios deviam ser feitos continuamente, uma vez que o homem não mais  conseguiu viver sem pecar. Por muitos anos Deus aceitou o sacrifício, para que o pecado fosse coberto, mas o que Deus esperava é que isto fosse feito, com temor e sinceridade. O fato é que era muito fácil jogar toda culpa sobre quem não devia, o homem se acostumou a pecar e sacrificar animais, até que Deus se cansou deste tipo de sacrifício (Hebreus 10.4-5). Deus então oferece a seu filho como cordeiro para resolver de vez o problema do pecado.

Conclusão: Em nosso tempo, muitos vivem da mesma forma. Se acostumaram com o sagrado e agora vivem a espera que mais alguma coisa aconteça para que possam cuidar de suas vidas espirituais, aprimorando seu relacionamento com Deus. Mas a Bíblia diz que para quem assim peca, nada mais pode ser feito, não resta mais sacrifício. Que possamos compreender a dimensão do que Deus fez por nós e cada dia nos aproximar Dele com gratidão, amor e compromisso.

Perguntas para reflexão e compartilhamento?

  1. Quem é o autor da carta aos Hebreus?
  2. Como Adão tentou esconder sua nudez?
  3. Como Deus esperava que os sacrifícios fossem feitos?

Escrito por: 

Adeneir Sousa - Pastor da Igreja Ammigo em Senador Canedo. CEO do projeto Ammigo Kids - Ministério com crianças.