Gênesis 17.1-8
Nada em Deus é por acaso. Ele sempre age com um plano claro, mesmo quando não conseguimos entender. Quando chamou José, Moisés, Davi e Abrão, Deus já tinha um propósito específico preparado para cada um. Do anonimato, eles foram chamados para viver algo maior. Essa mesma verdade se estende a nós. Um avanço extraordinário acontece quando entendemos que também não somos fruto do acaso. Deus nos chamou para um grande propósito (Jeremias 10.23).
Deus ressignifica a nossa história – Abrão já era um homem rico, estabilizado e vivendo seus últimos anos em paz. Mas havia um vazio: ele não tinha filhos. E foi justamente nessa área de frustração que o propósito divino se manifestou. O primeiro passo de Deus foi mudar seu nome: de “Pai honrado” (Abrão) para “Pai de multidões” (Abraão). O primeiro nome soava como utopia, já que ele ainda não tinha descendência. Mas Deus não quer que nossa caminhada no Reino seja imaginária, vazia ou sem frutos. Seu poder transforma enganos em promessas. Da mesma forma, Sarai (“minha princesa”) se tornou Sara (“dama”, “senhora”) — movida de um título simbólico para uma missão geracional. Deus transforma nossas dores em cura para outros e nossas frustrações em plataformas para Seu propósito (Isaías 41.18).
O tempo pode ser um inimigo do propósito – Foram vinte anos entre a promessa feita a Abrão e seu cumprimento. Embora o tempo possa amadurecer o propósito, ele também pode gerar acomodação ou enfraquecimento da fé. Reprovado no teste do tempo, Abraão teve um filho com Agar, serva de Sara (Gênesis 16.15), contrariando a vontade de Deus. O tempo na caminhada da fé pode ser cruel: o que antes era um grande chamado, torna-se parte da rotina. Pessoas com promessas extraordinárias podem acabar vivendo de forma improdutiva se não estiverem vigilantes. O tempo pode trazer autoritarismo religioso, orgulho espiritual e distanciamento da essência. Precisamos renovar constantemente a nossa visão.
Os inimigos do propósito nem sempre são visíveis – Abrão foi convencido por sua própria esposa a ter um filho fora da promessa. Assim como fez com Eva, o diabo também usou Sara para tirar Abrão do foco. O inimigo pode usar justamente quem tem nossa atenção. Nem sempre o ouvimos diretamente, mas podemos ser influenciados por pessoas que ele usa. Em nossa caminhada, o diabo sabe quem tem acesso aos nossos ouvidos e usa a influência com aparência de justiça ou piedade. Um conselho errado, uma amizade mal direcionada, uma palavra carregada de rebeldia, ódio ou desânimo — tudo isso pode nos afastar da direção divina (Mateus 10.36).
Conclusão: Assim como fez com Davi e Abrão, Deus continua chamando pessoas comuns para viverem propósitos extraordinários. Ele não ignora nossas feridas; Ele as transforma. Ele não despreza nossas frustrações; Ele as usa. Cabe a nós resistirmos aos inimigos do propósito, renovarmos nossa visão e nos entregarmos à Sua vontade.
Compartilhamento
Compartilhe uma área da sua vida que parecia frustrada, mas onde você crê que Deus está escrevendo um propósito.
Você precisa que Deus renove em você o ânimo e o foco para cumprir o chamado que Ele colocou sobre sua vida.