Quando Deus chama alguém para uma missão, Ele não se baseia nos critérios humanos de aparência, força ou quantidade. Seus métodos de seleção são espirituais e exigem sensibilidade para serem compreendidos. A história dos valentes de Gideão mostra que a escolha de Deus passa por testes que revelam quem verdadeiramente está pronto. Muitos não percebem que estão sendo testados e confundem processos divinos com ataques do inimigo. Esta lição nos convida a entender como Deus escolhe os Seus valentes e como podemos nos posicionar para sermos aprovados.
O teste da identidade – Ao dispensar os 22 mil, Deus nos mostra que o medo e a insegurança podem habitar no coração de quem, por fora, parece disposto. Deus não busca os que se maquiam para seguir os ritos da religião. Ele sabe que qualquer pessoa pode facilmente se enquadrar nas leis e formalismos de uma igreja e manter uma vida sem um mínimo de intimidade – Ele Busca mais do que religiosidade. Ele quer corações que se derramem no altar e vidas que se rendam aos seus pés por inteiro. Na batalha espiritual, não é a nossa aparência de coragem que conta, mas a nossa postura, nosso engajamento no propósito (Mateus 22.14). O teste simples foi falar aos ouvidos do povo. Deus sabia que numa guerra grandiosa não poderia ter lugar para quem vive a ouvir qualquer ”cochicho”.
O teste da conexão – Na aplicação do segundo teste, Deus observou como eles beberiam água no riacho. Apenas 300 beberam, mantendo-se atentos ao redor. Esse teste revelou onde estava o coração de cada um: focado na missão ou disperso pelas circunstâncias? Muitos vivem distraídos, perdendo o propósito que Deus colocou diante deles. A conexão com o chamado exige vigilância, sensibilidade e foco. Se o coração não estiver firmado no propósito, a pessoa, mesmo bem-intencionada, será facilmente vencida (Mateus 15:8). Deus procura guerreiros que estejam conectados ao que Ele está fazendo, atentos e prontos para agir em cada estação.
As armas da batalha – Quando os 300 foram escolhidos, Deus lhes deu armas improváveis: trombetas, vasos de barro e tochas acesas. Talvez muitos dos escolhidos estranharam a simplicidade do armamento, mas havia um significado profundo em cada peça daquela artilharia: A trombeta simboliza o alerta espiritual e o chamado para a ação; precisamos ser uma voz que desperta outros para a batalha (Joel 2.1). O vaso de barro representa a nossa fragilidade e dependência de Deus; é preciso reconhecer que somos frágeis, mas que o poder vem dEle (2 Coríntios 4.7). A tocha acesa simboliza a luz que precisamos carregar, sendo testemunhas vivas em meio à escuridão. Uma luz que não apenas brilhe, mas que seja transmitida a quem anda em trevas (Mateus 6.23). Não foram as armas tradicionais que trouxeram a vitória, mas a obediência a Deus e a consciência no propósito. A simplicidade das armas demonstra que a força não vem do que temos nas mãos, mas da luz que carregamos no interior.
Conclusão: Deus continua fazendo escolhas. Muitos hoje são reprovados nos testes da identidade e da conexão, por falta de percepção espiritual. Dos 32 mil homens, apenas 300 foram aprovados — pouco mais de 1%. Deus procura os que confiam nEle, os que têm foco na missão e os que entendem que sua força está na dependência e na luz que carregam. Que possamos ser achados entre esses escolhidos!
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Em qual área você sente que Deus está mais trabalhando em sua vida: fortalecer sua identidade ou aumentar sua conexão com o propósito?