A Ceia do Senhor João 6.53-58
A ceia deve ser vista com importância, gratidão e festa. É o dia em que celebramos a nova aliança que nos tirou das trevas para a luz através da morte e perdão de Cristo. É uma celebração que não deve ser desprezada ou trocada por outros afazeres, viagens ou lazer.
A ceia do Senhor tem raízes na pascoa, entretanto, após o Novo Testamento aprendemos que um ritual se diferencia do outro. Em seus últimos dias na terra, Cristo reuniu-se com seus discípulos para a celebração da páscoa, lavou os pés dos discípulos, indicou o traidor e fez a transição da páscoa para ceia. Mas qual a diferença dos significados? A páscoa aponta para a passagem da escravidão para a liberdade num âmbito mais coletivo. Era um ritual que serviria para toda família. A ceia aponta para a libertação do pecado e da transição da morte para a vida, apontando para a santidade pessoal.
Antes de Cristo, a páscoa era celebrada com pão sem fermento, ervas amargas e o cordeiro morto. Cristo, por sua vez, celebrou a ceia onde Ele mesmo se apresentou como o cordeiro vivo (João 6.51) representado pelo pão (Seu corpo) e pelo vinho (seu sangue). Onde ele expressa: “Tomai e comei… Este é meu corpo; Tomai e bebei, este é meu sangue.” (João 6.56).
A ceia é a garantia de permanência no corpo de Cristo. As vezes passamos por lutas, tribulações e dificuldades e nestes processos pensamos em desistir, mas existe uma promessa de que:“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.”( João 6:56 ) Nada pode nos derrotar enquanto permanecermos em Cristo e Ele em nós.
Paulo foi o único apóstolo que não andou ou aprendeu pessoalmente com Jesus, mas escreve que recebeu do Senhor a revelação da ceia, seu significado e a forma de sua aplicação. (1 Coríntios 11.23)Quando ele escreve aos Coríntios, o faz para corrigir problemas referentes a ceia. Havia na igreja irmãos que desprezavam o corpo e gananciosamente comiam e bebiam até se embriagar, enquanto outros com menos condições financeiras continuavam com fome (1 Coríntios 11.21;22). Entendemos aqui que a ceia era consumida em forma de refeição e que cada um deveria levar sua porção.
Por causa da ceia a igreja primitiva foi acusada de praticar Canibalismo que é o ato de se comer carne humana. Todos sabiam do sumiço do corpo de Cristo por sua ressurreição, os romanos não podiam entrar no culto, por isso presumiam que comer o corpo e beber o sangue de Cristo era algo literal e não uma cerimônia onde corpo e sangue apareciam em forma de símbolos e não em matéria. O Versículo a seguir também fortalecia a suspeita dos que estavam de fora dos cultos. (João 6:55)
Conclusão: Quando Paulo afirma que: “quem come e bebe indignamente bebe para própria condenação, não discernindo o corpo.” (1 Coríntios 11.29) Não se refere a pecados, mas a falta da compreensão de que a igreja é um corpo onde todos devem ser vistos como iguais, cada um contribuindo para a edificação do corpo.
1. Em qual celebração Cristo instituiu a ceia?
2. Qual apóstolo que não andou ou aprendeu com Jesus?
3. Qual era o erro da igreja de Corinto em relação a ceia?
